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FILMES TEMÁTICA INDIGENA
Caramuru
A invenção do Brasil é um filme brasileiro de 2001, do gênero comédia, dirigido por Guel Arraes e escrito por ele e Jorge Furtado. Sinopse O filme tem como ponto central a história de Diogo Álvares, artista português, pintor talentoso, responsável por uma das lendas que povoam a mitologia brasileira — a do Caramuru. Antes, porém, Diogo é responsável por uma confusão envolvendo os mapas que seriam usados nas viagens de Pedro Álvares Cabral. Contratado por Dom Jaime, o cartógrafo do rei, para ilustrar o precioso documento, ele acaba sendo joguete de uma francesa, Isabelle, que vive na corte em busca de ouro, poder e bons relacionamentos. Ela rouba-lhe o mapa e o artista é deportado. Na viagem, Diogo conhece Heitor, um degredado cult, quase precursor do que hoje em dia se conhece como mochileiro. Como muitas caravelas que se arriscavam, a de Vasco de Atahyde naufraga. Mas Diogo consegue chegar ao Brasil e o infortúnio acaba sendo um auxílio para dar início à história de amor entre ele e Paraguaçu, a índia que conhece ao chegar ao novo mundo, ao paraíso bíblico sonhado. Mais tarde, a história do náufrago iria se espalhar, assim como a lenda de que ele foi o primeiro rei do Brasil. O romance entre o descobridor e a nativa é, de fato, a história do triângulo amoroso entre Diogo, Paraguaçu e sua irmã Moema. Os três viviam em perfeita harmonia, sob os olhares do cacique Itaparica. Algum tempo depois, Diogo viaja para França para ser “condecorado” rei. Apaixonadas, Paraguaçu e Moema mergulham no mar atrás da caravela, mas só Paraguaçu chega à embarcação. Ela e Diogo continuam sua história de amor, com todos os impactos da cultura europeia na vida de uma linda índia.
Como Era Gostoso o meu Francês
É um filme brasileiro de 1971, do gênero aventura, dirigido por Nelson Pereira dos Santos. No Brasil, em 1594, um aventureiro francês com conhecimentos de artilharia é feito prisioneiro dos Tupinambás. Segundo a cultura indígena, era preciso devorar o inimigo para adquirir todos os seus poderes: saber utilizar a pólvora e os canhões.
Iracema, a Virgem dos Lábios de Mel
É um filme brasileiro de 1979 dirigido por Carlos Coimbra. É uma adaptação cinematográfica do romance homônimo de José de Alencar, na verdade uma forma de aproveitar a beleza da atriz Helena Ramos, um símbolo sexual dos anos 70. O filme foi classificado pela censura para maiores de 16 anos.
Iracema – Uma Transa Amazônica
É um filme teuto-brasileiro de 1976, do gênero drama documental, dirigido por Jorge Bodanzky e Orlando Senna. O filme esteve proibido no país e só foi lançado oficialmente no Brasil em 1981. É a história do impacto nas populações da selva amazônica provocado pela rodovia Transamazônica. O filme começa com a família de Iracema chegando de barco em Belém no Pará, para a festa do Círio de Nazaré. Mesmo com apenas quinze anos, ela permanece na cidade e começa a se prostituir, recebendo as orientações das mulheres mais velhas. Num cabaré, ela conhece o caminhoneiro Tião “Brasil Grande”, que cruza a rodovia Transamazônica transportando madeira. Tião leva Iracema para suas viagens, até que se cansa dela e a deixa num prostíbulo de beira de estrada. Tempos depois, os dois se reencontram rapidamente. Tião parece ter melhorado de vida, está com um caminhão novo e agora transporta gado. Já Iracema está completamente entregue à prostituição e à miséria.
O Guarani (1996)
É uma das muitas versões cinematográficas do romance homônimo de José de Alencar. A trilha sonora é de Wagner Tiso, com música incidental Il Guarany, de Carlos Gomes.
Terra Vermelha
É um filme italo-brasileiro de 2008 dirigido por Marcos Bechis.SINOPSE
Mato Grosso do Sul, Brasil, 2008. O suicídio de duas meninas Guarani-Kaiowá desperta a comunidade para a necessidade de resgatar suas próprias origens, perdidas pela interferência do homem branco. Um dos motivos do desaparecimento gradual da cultura reside no conflito gerado pela disputa de terras entre a comunidade indígena e os fazendeiros da região. Para os Kaiowás, essas terras representam um verdadeiro patrimônio espiritual e a separação que sofreram desse espaço é a causa dos males que os rodeia. Uma disputa metafórica é criada. A compreensão e o diálogo buscam espaço nesse antigo conflito. Enquanto isso, o jovem Osvaldo, que vive um terrível embate contra o desejo de morrer, vai furtivamente buscar água no rio que corta a fazenda e conhece a filha do fazendeiro. Um encontro em que a força do desejo transpassa e ao mesmo tempo acentua o desentendimento entre as civilizações.
Uma História de Amor e Fúria
É um filme de animação brasileira, do gênero ficção científica, escrito e dirigido por Luiz Bolognesi. O filme é produzido pela Gullane e Buriti Filmes, com a coprodução da Lightstar Studios.
Xingu
É um filme brasileiro de 2011 dirigido por Cao Hamburger e roteirizado por ele, Elena Soárez e Anna Muylaert. Estrelado porJoão Miguel, Felipe Camargo e Caio Blat, o filme conta a trajetória dos irmãos Villas-Bôas a partir do momento em que se alistam para a Expedição Roncador-Xingu, parte da Marcha para o Oeste de Getúlio Vargas, em 1943.
Serras da Desordem
É um premiado documentário do cineasta italiano Andrea Tonacci, produzido no Brasil, e lançado no ano de 2006. O mesmo retrata o massacre da tribo Awá-Guajá nos anos 70 na Amazônia, por meio da história de Carapirú, sobrevivente do massacre. O filme reproduz a trajetória de Carapirú, um índio Awá-Guajá, que vê sua tribo invadida e massacrada por fazendeiros e madeireiros tomadores de terras. Carapirú consegue fugir, e inicia uma longa jornada pelos sertões, cidades e matas de diversas regiões do país, dentre elas Maranhão, Goiás, Bahia e Tocantis, buscando sobrevivência. Em um determinado momento, o índio é acolhido por uma família local, e em seguida é encaminhado para Brasília pelo FUNAI, com a finalidade de identificá-lo e resolver sua situação. Para isso, é buscado o contato com algum representante de sua tribo. Por coincidência, o índio designado para ir a Brasília reconhece-lo, é Txiramukum, seu filho que havia sido capturado no dia do massacre, e que agora se tornara adulto e integrante do Posto Guajá, criado para dar assistência aos pertencentes a etnia. Seguindo a história de Carapirú, o documentário retrata e critica essa intervenção agressiva, e desordenada do homem branco às civilizações indígenas, massacrando aldeias, desmatando e desabitando suas regiões, em busca de desenvolvimento, produção e exploração de recursos naturais.
500 Almas, 2004.
Dirigido por Joel Pizzini, produzido pela Mixer e distribuído pela RioFilmes.
Uma mistura de ficção e documentário, 500 Almas fala sobre a cultura milenar dos índios guatós, do pantanal mato-grossense. Dizimados por bandeirantes paulistas no século XVIII, gripe, tuberculose e varíola, eles foram considerados extintos por mais de quarenta anos, até serem redescobertos em bairros pobres de Corumbá.
Um olhar poético sobre os indígenas do Povo Guató. O assassinato do líder Celso Guató, em 1982, na luta pela demarcação na Ilha Ínsua, fronteira com a Bolívia. Uma forte crítica à violência do processo de colonização. O encontro de indígenas Guató no Mato Grosso do Sul e outros momentos marcante na história do povo.
As Hiper Mulheres
As Hiper Mulheres é um filme que mistura documentário e ficção e foi premiado em importantes festivais de cinema tanto no Brasil como no exterior. A história se desenrola quando um velho índio da tribo Kuikuro pede que a comunidade realize o Jamurikumalu para sua esposa doente – um famoso ritual de canto feito apenas pelas mulheres do grupo. O filme faz parte do projeto Vídeo nas Aldeias, criado por Vincent Carelli para introduzir a produção cinematográfica nas aldeias indígenas brasileiras. Dessa forma, As Hiper Mulheres foi filmado pelos próprios Kuikuros, com direção dos cineastas Takumã Kuikuro e Leonardo Sette, além do antropólogo Carlos Fausto. Disponível no Netflix.
A Nação que Não Esperou por Deus
Durante a gravação do seu “Brava Gente Brasileira”, em 1999, a diretora Lucia Murat contou com a participação dos índios Kadiwéu, que vivem no Mato Grosso do Sul. Em 2013, a diretora retorna a essa tribo para realizar o documentário “A Nação Que Não Esperou Por Deus“. Quinze anos depois, o documentário procura mostrar as mudanças ocorridas na aldeia – incluindo luz elétrica, televisão e igrejas evangélicas – e a luta pela demarcação de suas terras.
Flor Brilhante e as Cicatrizes da Pedra
Documentário de curta-metragem de estreia da poeta e documentarista Jade Rainho, Flor Brilhante e as Cicatrizes da Pedra conta a história de uma família de rezadores Guarani-Kaiowá de Dourados-MS, que há 40 anos vive violações de direitos ambientais e humanos devido a mineração em terras indígenas. Flor Brilhante é a matriarca dessa família, que tenta sobreviver preservando conhecimentos e hábitos da cultura dos antigos, enquanto convivem com os efeitos e mazelas causados pelas explosões continuas de uma usina de asfalto. O documentário foi uma realização independente e colaborativa, como um meio de conceder à família voz para contar sua história e canais para trazê-la à público. Disponível também no Vimeo
À Sombra de Um Delírio Verde
Dirigido por An Baccaert, Cristiano Navarro, Nicola Mu, À Sombra de um Delírio Verde trata da exploração desumana de indígenas Guarani Kaiowá do Mato Grosso do Sul em plantações de cana. Sinopse: Expulsos pelo contínuo processo de colonização, mais de 40 mil Guarani Kaiowá vivem hoje em menos de 1% de seu território original. Sobre suas terras encontram-se milhares de hectares de cana-de-açúcar plantados por multinacionais que, juntamente com governantes, apresentam o etanol para o mundo como o combustível “limpo” e ecologicamente correto. Sem terra e sem floresta, os Guarani Kaiowá convivem há anos com uma epidemia de desnutrição que atinge suas crianças. Sem alternativas de subsistência, adultos e adolescentes são explorados nos canaviais em exaustivas jornadas de trabalho. Na linha de produção do combustível limpo são constantes as autuações feitas pelo Ministério Público do Trabalho que encontram nas usinas trabalho infantil e trabalho escravo. Em meio ao delírio da febre do ouro verde (como é chamada a cana-de-açúcar), as lideranças indígenas que enfrentam o poder que se impõe muitas vezes encontram como destino a morte encomendada por fazendeiros.
Republica Guarani, 1981.
Importante documentário de Sylvio Back, sobre evangelização e mudanças radicais na vida dos indígenas do Povo Guarani.
Vale dos Esquecidos,2012.
Direção: Maria Raduan. Duração: 72min.
Esse documentário se passa na região do Mato Grosso, ele fala sobre disputas de terra, conflitos com posseiros, grileiros, indígenas, fazendeiros, invasão de terras indígenas.
VIDA KAINGANG, 2014.
A vida de indígenas da etnia Kaingang da Terra Indígena do Apucaraninha, na divisa entre os municípios de Londrina e Tamarana, no norte do Paraná. Direção: Nelson Akira Ishikawa. Fotografia: Luiz Carlos S. Monobi
Presente dos Antigos, 2009.
O documentário sobre o Povo Xacriabá em Minas Gerais, depois de muitos conflitos por posse de terra, a busca pelo resgate das práticas tradicionais e beleza de seus grafismos.
Terra dos índios, 1978.
Interessante documentário do cineasta Zelito Vianna sobre conflitos de terra. Depoimentos raríssimos do líder guarani, Marçal de Souza Tupã e outras liderança.
Índio Cidadão?, 2014.
O diretor Rodrigo Siqueira, mostra neste documentário as lutas do movimento indígena brasileiro, da constituinte (1987/88) até os dias atuais, com depoimentos de importantes lideranças que fizeram e fazem parte do processo de conquista dos direitos indígenas.
Do Bugre ao Terena, 2012.
Dirigido por Aline Espíndola e Cristiano Navarro.
Produzido com o apoio do Edital de Apoio à Produção de Documentários Etnográficos sobre o Patrimônio Cultural Imaterial (Etnodoc). Mostra a realidade de indígenas Terena em contexto urbano, o cotidiano de preconceitos e conquistas.
La pequeña semilla en el asfalto, 2009.
Direção:Pedro Daniel Lopez. Mostra como Dolores Santiz, Pascuala Díaz, Floriano Enrique “Ronyk” e Flavio Jiménez, e os diferentes grupos étnicos em Chiapas no México, deixam a comunidade onde nasceram e vão para a cidade. Os conflitos, busca pelo reconhecimento étnico e novas identidades.
Ditsöwö Tsirik – El camino de la semilla, 2012.
A jornada de um povo que resistiu na conquista espanhola, a luta para provar que suas histórias não são mitos, mas a história viva de sua gente.Depoimentos de quatro indígenas Bribri-Cabecares da Costa Rica sobre a resistência em Talamanca.
Índios Munduruku: Tecendo a Resistência, 2014.
Dirigido por Nayana Fernandez. O documentário sobre a vida em uma aldeia do Povo Munduruku, resistência e articulação contra as barragens hidrelétricas em seu território sagrado…
Indígenas Digitais, 2010.
Dirigido por Sebastian Gerlic. Documentário sobre inclusão digital indígena que retrata a apropriação que os indígenas fazem das tecnologias, tornando-se e“ciberativistas” e “etno jornalistas” das próprias realidades.
Documentário sobre a música do Povo Kariri Xocó, 2009.
Gravado em Porto Real do Colégio, Alagoas, Brasil. Produzido pelo grupo A Barca e Olhar Imaginário. Dirigido por Edu Garcia.
Borum-Krenak, 2013.
Dirigido por Adriana Jacobsen. Fala da história desconhecida do Povo Krenak em Minas Gerais que sobreviveu à Vale do Rio Doce. Grupos nômades, que se autodenominavam “borum” (o ser), passaram a ser chamados de “botocudos” pelos portugueses.
Kangwaa? – Cantando para Nhanderú,
Direção: Felipe Scapino e Toninho Macedo. Sobre música e vida de indígenas do tronco tupi-guarani das aldeias Bananal, Nhamandu Mirim e Piaçaguera do Litoral Sul e São Paulo.
CANELA RAMKOKAMEKRA – A ARTE DO MITO, 2002.
Um documentário do antropólogo e professor Rafael Pessoa São Paio – IN MEMORIAM
O documentário feito na aldeia Escalvado, dos indígenas Canela, retrata o cotidiano, suas atividades domésticas, seus rituais e história do contato.
Tupinambá – O Retorno da Terra, 2015.
Documentário de Daniela Fernandes Alarcon, sobre a luta do povo indígena Tupinambá, que habita o sul da Bahia (Brasil), retomadas, cultura e conflitos.
Estratégia Xavante, 2007.
Dirigido por Belisario Franca. O documentário narra a estratégia de um cacique Xavante, que em 1973, propôs o envio de oito meninos para serem criados por famílias não indígenas na cidade de Ribeirão Preto, em São Paulo. Conhecendo a cultura do inimigo para melhor combatê-lo e, consequentemente, preservar a autonomia do povo.
Xukuru Ororubá, 2008.
Dirigido por Marcilia Barros. Mostra o processo de luta e resistência de um povo guerreiro, o povo Xukuru.
Mbaraká A palavra que age
Sobre os cantos dos Guarani Kaiowá e sua relação com a luta pela terra. Documentário de Spency Pimentel.
Promessa Pankararu, 2009.
Produzido pela Associação SOS Comunidade Indígena Pankararu (São Paulo). Diretores: Marcos Alexandre dos Santos Albuquerque & Maria das Dores Conceição Pereira do Pardo. Sobre cultura e religiosidade do Povo Pankararu.
Karai Ha’egui Kunhã Karai ‘ete, 2014.
Dirigido pelo indígena do povo Nhandeva Alberto Alvares. Em homenagem os anciãos indígenas Alcindo Moreira e Rosa Moreira.
Cineastas Indígenas para Jovens e Crianças
A coleção Cineastas Indígenas para Jovens e Crianças, é um livro-vídeo para estudantes do ensino fundamental. Patrocinada pela “Convenção sobre a proteção e promoção da diversidade das expressões culturais”, da UNESCO, a publicação traz uma seleção de 6 filmes para o público infanto-juvenil – realizados junto com os povos Wajãpi, Ikpeng, Panará, Ashaninka, Mbya-Guarani e Kisêdjê, e um guia didático para trabalhar com os alunos em sala de aula. A coletânea reúne títulos consagrados nacional e internacionalmente como a vídeo carta “Das crianças Ikpeng para o mundo”, dos Ikpeng, e “Depois do ovo, a guerra”, dos Panará, assim como dois filmes inéditos, o “Mbya Mirim”, dos Mbya-Guarani e “No tempo do verão”, dos Ashaninka. “Akukusiã, o dono da caça”, dos Wajãpi, e “A história do monstro Khátpy”, dos Kisêdjê, duas ficções de lendas indígenas completam a coleção.
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