O tratamento estatístico dos dados obtidos pela correção da Prova Campinas 2010 foi realizado pelo Prof. Adilson Dalben, pesquisador do Laboratório de Estudos Descritivos (LOED) da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas – SP (UNICAMP):  https://www.fe.unicamp.br/loed/.

Em função das respostas dadas pelos alunos, cada item recebeu dos corretores um dos seguintes conceitos: Adequado (A); Parcialmente adequado (PA); Inadequado (IN); Respostas deixadas em branco (B) e Respostas inelegíveis (IL).

Com base nessa categorização das respostas das crianças que realizaram a prova, um banco de dados foi constituído de forma que cada registro continha os conceitos atribuídos às respostas de um aluno a cada uma das questões dos dois cadernos, devidamente indexado à escola na qual ele estava matriculado no momento da aplicação da prova e ao NAED (Núcleo de Ação Educativa Descentralizada) a que essa escola pertence.

O trabalho estatístico teve duas diferentes finalidades com um mesmo cuidado. A primeira finalidade foi a elaboração de relatório quantitativo com as informações específicas de cada escola, para que elas pudessem analisar o padrão dos conceitos atribuídos a seus alunos em cada um dos itens das duas provas. A segunda finalidade foi a produção de uma síntese geral desse padrão de acertos de cada um dos itens, considerando todas as escolas, para subsidiar a análise dos pesquisadores na elaboração do relatório qualitativo. O cuidado foi impossibilitar qualquer associação dos resultados encontrados a indicadores de desempenho, fossem eles de alunos ou de escolas, e assim, remeter as possíveis análises desses resultados a uma concepção formativa da avaliação.

O tratamento estatístico dado nesse trabalho consistiu na contagem do número de alunos, em termos absolutos e relativos, que obtiveram os diferentes conceitos na correção de cada um dos itens das provas e posterior representação gráfica dos resultados encontrados.

Nos relatórios quantitativos, para cada item foi apresentada uma tabela com o número de alunos da escola em cada conceito de correção. A seguir, encontra-se um exemplo dessa apresentação:

Para a síntese geral dos itens, visando subsídio à produção do relatório qualitativo, os dados foram processados de duas formas distintas. Na primeira forma, chamada de Universo Ampliado, os itens avaliados com “Em Branco (B)” e com “Ilegível (IL)” foram considerados, enquanto que na segunda, chamada de Universo Restrito, esses itens foram desconsiderados. Além disso, nessas duas formas de processamento as atribuições dadas a cada item foram contabilizadas separadamente e agrupadas, como mostra quadro abaixo, que toma como exemplo, o modo como foram quantificadas as respostas das crianças ao item “a” do Texto 1 do Caderno 1 da Prova Campinas 2010:

Por fim, outro trabalho estatístico realizado foi a produção de quadros e gráficos dos desempenhos percentuais médios das crianças - em cada um dos 55 itens relativos aos 14 textos que compuseram os dois cadernos da Prova Campinas 2010 – em função dos 4 descritores – e de várias combinações deles entre si - que orientaram a elaboração dos textos e questões da Prova Campinas 2010, quais sejam: 1) usos da linguagem feitos nos textos; 2) usos da linguagem solicitados pelos comandos textuais; 3) práticas culturais referidas pelos comandos textuais; 4) campos de atividade humana mobilizados nos jogos de cena dos textos. Tais quadros e gráficos podem ser acessados pelo leitor através dos hiperlinks presentes no corpo principal deste relatório. 

Em todos os processamentos da Prova Campinas, 2010, foram considerados os resultados de 2535 e 2371 alunos presentes no primeiro e segundo dia da prova, respectivamente.

Autor deste verbete

Prof. Dr. Adilson Dalben